Todos conhecemos o ditado popular "correr por gosto, não cansa". Não queremos enganar ninguém, por isso vamos já avisando: correr cansa! E correr uma maratona cansa mais!
Os pés a pisar compassadamente o asfalto, o corpo todo em movimento, braços paralelos a impulsionar a passada; músculos das costas e do abdómen firmes para proteger a coluna do impacto no chão; ancas, pernas, tornozelos, pés, todos coordenados em movimento e equilíbrio para o corpo correr.
O suor começa a invadir os poros, o coração acelera e a respiração em sintonia com a passada. Corpo em movimento, por fora e por dentro. A corrida é pura química. Lá dentro, na hipófise e no hipotálamo, vão sendo produzidas endorfinas.
As endorfinas, conhecidas como hormonas da felicidade, são consideradas a morfina do corpo e foram descobertas nos anos 70 estando ainda a ser estudadas. São neurotransmissores, assim como a noradrenalina, a acetilcolina e a dopamina, e são utilizadas pelos neurónios na comunicação do sistema nervoso. As endorfinas executam um papel essencial ao equilíbrio vital ao aliviarem a dor e causarem bem-estar. Colocam o organismo num estado de relaxamento, regulam a utilização de carbohidratos como forma de energia regulando a fadiga e, segundo parece, viciam. Daí aquele cansaço bom que se sente a determinada altura da corrida e após. Aquela sensação de bem estar e, se praticada com regularidade, a falta que faz quando se falha um treino...
Dica número 2? Corra em grupo. Correr em grupo aumenta a sensação de bem estar, ajuda a começar e sobretudo, dá a força e a motivação extra para não desistir. O convívio e a partilha de experiências, aumentam o bem estar e acaba por se aprender imenso, sobre corrida e não só! ;) Então... de que está à espera para começar?
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